Daqui, do alto desta
reclusão, posso enxergar essa cidade. Com muita indas e vindas, muitas
voltas por
ela, as pessoas circulam. Circulam, mas não saem do lugar. Estão
presas, talvez, em uma verdade que lhes contaram. Mas, que de fato, nem
existe. A verdade cada um tem a sua. São opiniões, nada mais.
Nesse vai-e-vém dessa gente, o olhar é constante, pra frente. Ninguém olha pro lado... Do lado tem um amigo. Do lado não tem nada. Do lado tem tanta gente. Mas ninguém percebe... Não vêem o amigo. Não vêem o nada. E não vêem a gente. São cegos. Nem vêem escuros, nem vêem claro. Não é nenhuma cegueira de escuridão ou claridade. São cegos de tudo. São cegos em tudo. Não vêem a vida.
Nas ruas da cidade o barulho atormenta. Só que essa gente nem sente. Não sente que além de cega, fica surda. Não vêem que além de cegos e surdos, estão loucos. Loucos por uma obsessão que valor real nem existe. Loucos por papéis. Por pequenos papéis coloridos, que só isso enxergam.
Nesse vai-e-vém dessa gente, o olhar é constante, pra frente. Ninguém olha pro lado... Do lado tem um amigo. Do lado não tem nada. Do lado tem tanta gente. Mas ninguém percebe... Não vêem o amigo. Não vêem o nada. E não vêem a gente. São cegos. Nem vêem escuros, nem vêem claro. Não é nenhuma cegueira de escuridão ou claridade. São cegos de tudo. São cegos em tudo. Não vêem a vida.
Nas ruas da cidade o barulho atormenta. Só que essa gente nem sente. Não sente que além de cega, fica surda. Não vêem que além de cegos e surdos, estão loucos. Loucos por uma obsessão que valor real nem existe. Loucos por papéis. Por pequenos papéis coloridos, que só isso enxergam.
Bianca Garcia